Paris Major oferece drama histórico e desafios táticos
O Premier Padel Paris Major 2024 destacou-se como um dos torneios mais memoráveis da época, não só pelos jogos de alto risco, mas também pelas condições de jogo únicas. Segundo o canal, Paris apresentou o campo mais lento do ano até agora, com pontos a durarem em média 9,5 pancadas — um aumento significativo em comparação com a média de 6,7 pancadas do torneio anterior em Valladolid. Este ritmo mais lento, atribuído ao piso e às condições atmosféricas, obrigou os jogadores a adaptar as suas estratégias, dando ênfase à paciência, resistência e escolha tática de pancadas em vez de pura potência.
Muitos jogadores, incluindo os finalistas, comentaram as exigências físicas e mentais destes pontos prolongados. O analista referiu que, enquanto alguns jogadores prosperam nestas condições, outros têm dificuldade em manter a concentração e a consistência. O campo lento de Paris tornou-se um verdadeiro teste de resiliência e adaptabilidade, mudando a dinâmica de cada jogo.
Estreias e surpresas: novas duplas enfrentam duros testes parisienses
Paris também marcou a estreia de várias novas duplas, com resultados mistos. Alex Ruiz e Arroyo tiveram um início difícil, perdendo o primeiro jogo contra Yanguas e Domínguez. Da mesma forma, Bela e Tino não conseguiram impor-se, caindo frente a Campagnolo e Mourino. Para estas equipas, o caminho para o Master Final da época parece agora quase impossível, como destacou a análise do canal.
Em contraste, Garrido, outro estreante em Paris, teve uma campanha muito mais bem-sucedida, chegando à final antes de perder para a dupla dominante Chingotto e Galán. O analista sugeriu que Garrido e o seu parceiro demonstraram uma química promissora, podendo rivalizar com duplas já estabelecidas como Momo González e Álex Alonso, que também chegaram a mais uns quartos de final em Paris após um jogo renhido contra Lebrón e Di Nenno.
Meia-final: galán e chingotto superam lebrón e di nenno
Um dos jogos mais aguardados do torneio colocou Galán e Chingotto frente a Lebrón e Di Nenno nas meias-finais. Apesar de não se sentirem no seu melhor, Galán e Chingotto apresentaram uma exibição dominante, destacada pela impressionante capacidade ofensiva de Galán. O canal salientou que só Galán fez mais winners do que Lebrón e Di Nenno juntos, prova do seu jogo agressivo e da capacidade de controlar os pontos.
No entanto, o analista também notou um desequilíbrio tático: enquanto Martín Di Nenno jogou de forma segura e com poucos erros, esta abordagem limitou a sua capacidade de fechar pontos, colocando pressão extra em Lebrón. Em contraste, Chingotto arriscou mais, resultando em mais winners e mais erros, mas permitindo ao parceiro fechar pontos de forma mais eficaz. A análise sugeriu que, para Lebrón e Di Nenno chegarem ao topo, Di Nenno poderá ter de adotar uma mentalidade mais agressiva, mesmo que isso aumente o número de erros.
Análise final: domínio de coello e tapia e o ponto impossível
A final entre Arturo Coello e Agustín Tapia e a dupla “Chingalán” (Galán e Chingotto) ficou marcada por um momento extraordinário. Como descreveu o canal, Coello conseguiu salvar uma bola “impossível” do chão, mudando o rumo do jogo e garantindo uma quebra crucial. A partir daí, Coello e Tapia impuseram um domínio total, não permitindo aos adversários um único ponto de break.
Estatisticamente, o jogo foi desequilibrado. Tanto Galán como Chingotto terminaram com mais erros do que winners, enquanto Coello foi claramente o MVP com 11 winners e apenas 3 erros não forçados. Isto é especialmente impressionante tendo em conta o campo parisiense lento, onde os smashes são difíceis de finalizar — Coello conseguiu apenas cinco winners de smash, mas controlou a rede e as trocas defensivas com consistência notável.
O analista atribuiu grande parte da transformação de Coello ao seu treinador, Gustavo Pratto, referindo que Coello é agora uma verdadeira “parede” defensiva que até os melhores adversários têm dificuldade em ultrapassar. A sintonia entre Coello e Tapia atingiu um novo patamar, tornando-os a referência para o resto do circuito.
Corrida pelo número um: coello e tapia aumentam vantagem
Com a vitória em Paris, Coello e Tapia conquistaram agora cinco títulos consecutivos, com um incrível registo de 25–1 em vitórias e derrotas desde o ponto mais baixo da época, na final de Génova. O canal destacou que a diferença de pontos entre Coello/Tapia e Galán/Chingotto aumentou para 2.900 pontos, tornando extremamente difícil para qualquer adversário alcançá-los até ao final do ano.
Após a final, Coello dedicou palavras sentidas a Tapia, sublinhando o respeito mútuo, admiração e a alegria que sentem ao competir juntos. Este laço emocional, aliado à qualidade técnica, parece ser a base do seu sucesso contínuo.
Avaliação dos jogadores na final do Paris Major
- Arturo Coello: 11 winners, 3 erros não forçados (MVP claro)
- Agustín Tapia: Contributos defensivos e táticos chave, forte jogo na rede
- Ale Galán: Mais erros do que winners, dificuldades em ultrapassar a defesa de Coello/Tapia
- Fede Chingotto: Mais erros do que winners, incapaz de impor o ritmo habitual
Estas avaliações, discutidas pelo canal, refletem a clara superioridade de Coello e Tapia na final de Paris, tanto estatisticamente como no impacto global do jogo.
O que esperar: o que significa o Paris Major para a época
O Paris Major estabeleceu um novo padrão de intensidade e profundidade tática no circuito Premier Padel. Com Coello e Tapia em forma dominante e o resto do pelotão a tentar reduzir a diferença, a luta pelo número um parece cada vez mais desequilibrada. No entanto, como salientou o analista, as parcerias em evolução e a natureza imprevisível do padel fazem com que cada torneio continue a ter potencial para surpresas.
O circuito segue agora para o Campeonato do Mundo, onde adeptos e jogadores estarão ansiosos por ver se alguém conseguirá desafiar o reinado de Coello e Tapia — ou se a sua série histórica continuará intacta.





